Chevrolet S10 2012

A Hilux foi a primeira, a L200 é a mais esportiva, a Frontier, a mais potente, a Amarok, a mais tecnológica e a nova Ranger deve acrescentar algum adjetivo quando chegar dentro de alguns meses, mas, no fim, a liderança entre as picapes médias deve continuar nas mãos da Chevrolet. Tudo porque, na média, a nova S10 deve se tornar a melhor opção da categoria.

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Aos mais exaltados, digo isso analisando alguns pontos práticos. A GM tem uma rede grande, traz na bagagem uma longa tradição nesse segmento, tem um portfólio bastante completo de opções e um produto que, nesse primeiro contato, não tem nenhum ponto fraco digno de nota. É como um Corolla picape. Tal qual o Toyota, a S10 segue a receita de não deixar nenhuma lacuna grave: tem design moderno, bom espaço interno, capacidade de carga, pacote tecnológico respeitável, motores potentes, transmissões mais eficientes e um nome consagrado.

Perguntei a Gustavo Colossi, diretor de marketing da GM, se houve algum dilema em decidir entre manter o nome S10 ou adotar o nome mundial “Colorado”. Ele confessou que sim. Havia quem defendesse uma denominação global, mas falou mais alto a tradição no Brasil por mais que o primeiro pensamento do consumidor fosse imaginar mais uma reestilização na picape. “Depois, ao ver que se trata de um novo veículo, o consumidor vai associar o nome a um produto moderno”, disse Colossi.

Sim, haverá alguns órfãos pelo caminho já que a nova S10 é mais cara que a anterior, mas, com a chegada da nova Ranger, o segmento irá mudar de patamar por inteiro. A verdade é que a GM teve muito tempo para projetar uma boa picape média. A Hilux revolucionou o mercado em 2004 e imagina-se que desde lá a montadora americana pense num produto equivalente. Mas a crise por que passou nos últimos anos impediu qualquer tentativa de lançar algo capaz de rivalizar com a Toyota.

Embora tenha feito dos 16 anos de mercado da primeira geração algo positivo – e o maior argumento é a liderança nas vendas -, a GM certamente teria uma geração intermediária se houvesse dinheiro. Mas isso é passado e agora a marca vai buscar manter o volume de vendas da anterior, algo que já é uma vitória com o aumento da concorrência.

Como pulou ao menos uma geração, a nova S10 deve agradar a maior parte dos clientes. O visual é quase irrepreensível, embora calcado no da Hilux, assim como fez a Volks com a Amarok. O interior é bem atraente, mas as fotos enganam um pouco. Ao vivo, os plásticos são bem mais comuns, mas há boas sacadas por todos os lados.

Chevrolet S10 2012

O que gostei

Motor diesel e câmbio automático – silencioso e com torque entregue de maneira equilibrada. A transmissão é suave e responde rapidamente no modo sequencial.
Nível de ruído – é o que mais impressiona. Ainda que possa haver algum trabalho específico nos modelos de teste, o silêncio a bordo não é de picapes.
Interior – mostradores bem claros, recursos de fácil assimilação e boa posição de dirigir agradam logo de cara.
Kit multimídia – tela com GPS e câmera de ré é adquirida como acessório, que a torna mais democrática

O que não gostei

Versão com câmbio manual – só dirigi a flex e o câmbio com vibração na manopla era algo que não esperava. Será que a diesel também tem isso?
Espaço interno – pelas fotos, achei que o interior tivesse crescido bastante, mas foi menos do que imaginei. A Amarok é bem maior.

Vale também reconhecer que a GM, apesar de ainda ter algumas atitudes arrogantes dos tempos antes da crise, está com uma estratégia consistente de renovação, coisa que muita gente duvidou, incluindo esse jornalista. Cruze, Cobalt e a agora a S10, se não chegam a ser referência em seus segmentos, ao menos são produtos competitivos. E o que vem por aí deve deixar sua linha bem mais atraente perante os consumidores. Claro que isso não impedirá que ela perca participação, com tantos concorrentes, mas é uma situação bem mais interessante que a da rival Volkswagen, que vive de Gol G4, Golf 4,5, Polo e Kombi, modelos que já tiveram seu tempo.

Chevrolet S10 2012