Como disse ontem, por mais inovações e exclusividades que possuiu, o Stilo nunca fez, na minha opinião, o papel que se espera de um hatch médio. Carro assim, ao meu ver, precisa de esportividade de ponta a ponta, seja no design, seja no estilo de dirigir ou nos equipamentos de bordo. E isso o Stilo deveu: o visual nunca teve nada a ver com nada da Fiat, a solução “minivan” com ponto H elevado e mesinhas de avião não encaixavam com um modelo que queria brigar com ícones como Golf e Focus na época. Até a inovadora direção elétrica soava artificial demais – a salvação era o Stilo Abarth com seu motor 2.4 de 167 cv, mas esse era mosca branca. Agora, com o Bravo, a Fiat, enfim, passa a ter um hatch médio autêntico.
Não espere uma revolução e talvez essa seja a melhor notícia. A Fiat seguiu a regra ao concebê-lo: o design é belo, com perfil baixo, carroceria larga e formas harmoniosas. O interior ganhou um painel de gente grande, não a adaptação do painel do Punto que o Linea recebeu, por exemplo. É um painel que envolve o motorista e que exibe um acabamento diferenciado e de bom gosto – há uma espécie de imitação de fibra de carbono com outra que lembra um tecido.
Mas o melhor a gente descobre dirigindo. Andamos pela manhã com o Essence Dualogic e a surpresa começou com a direção elétrica, bem mais precisa e com um peso natural. O motor E.torQ 1.8 16V de 132 vc casou com o hatch. Suas respostas são adequadas e há sempre uma boa sobra de torque quando reduzimos uma marcha. O ponto alto é a suspensão: embora de eixo de torção na traseira, mais simples que a multilink do Focus e do i30, o conjunto foi ajustado milimetricamente para proporcionar conforto, mas manter o carro estável em curvas, sem rolar, como faz o Palio, por exemplo. O silêncio a bordo também assusta, mas aí juro que só acredito nisso andando num Bravo de concessionária para saber se não houve um tapinha extra da marca em isolar cada possível ruído nos modelos de teste.
E até o criticado câmbio Dualogic está irreconhecível. Acelerei em alguns momentos no automático com o pé embaixo para ver como o sistema trocaria as marchas e elas entraram de maneira adequada, sem o famoso tranco da primeira versão do Stilo. Ainda ouvimos um ruído mecânico quando o carro está em ponto morto, que com o tempo irrita, mas o sistema da Magnetti Marelli evoluiu, temos que admitir.
Também demos duas voltas com a versão T-Jet, que tem preço convidativo (R$ 67.700), mas previsçao baixa de vendas. Realizado no que sobrou do circuito de Jacarepaguá, o contato foi curto, mas empolgante. O câmbio de seis marchas tem engates precisos e o motor 1.4 turbo não decepciona, apesar do tamanho do Bravo. Já a tecla Overbooster virou uma incógnita. Liguei e desliguei na faixa de rotação indicada e não notei diferença, percepção de muitos outros jornalistas. Não é nem duvidar que ela oferece 10% a mais de torque, mas a impressão é que esse acréscimo é discreto – esperava algum sinal mais evidente.
Faróis traseiros
Claro, não existe carro perfeito e com o Bravo não é diferente. A posição do banco do motorista parece deslocada do eixo da direção. O espaço interno, por conta do teto mais baixo, também parece bem menor que no amplo Stilo. O porta-malas, que tem capacidade para 400 litros tem uma abertura minúscula e alta – você precisa transpor um “obstáculo” de 80 cm de altura para colocar algum objeto no compartimento. Apesar do belo, mas já conhecido design, as luzes de ré são estranhas: dois imensos faróis traseiros instalados no meio do para-choque com desenho de difusor.
Muitos equipamentos interessantes também estão limitados a algumas versões, como é o caso do RadioNav ou do ESP e sistema Overbooster, estes do Bravo T-Jet.
Durante a coletiva, perguntei a Lélio Ramos por que a Fiat não consegue fazer com que os donos dos seus carros os troquem por modelos maiores como o Stilo e o Linea. Como dona da maior clientela do país – já que é a líder há anos -, a Fiat deveria fazer com que eles ficassem na marca, mas mesmo com o Bravo a expectativa é pequena, apenas 1.500 carros de um universo mensal de 60.000 unidades que ela vende todos os meses. Lélio reconheceu que a Fiat ainda precisa aprender a vender carros médios. Segundo apuramos, um dos problemas está nos vendedores das concessionárias. Acostumados a vender Uno e Palio sem muito trabalho, eles precisam de muita conversa e tempo para fazer uma venda de médio e isso desestimula. Clientes assim são mais exigentes, conhecem o produto e querem atenção.
Enfim, devem existir outras razões, mas agora a Fiat não tem desculpa para não ocupar ao menos o 3º lugar do segmento com o Bravo. Talvez bater Focus e i30 seja difícil, mas o Bravo supera fácil C4, Vectra GT, Golf e Tiida.
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Belo Bravo, mas a nova geração está chegando e vai deixar esse aí com cara de velho.
O Bravo é um belo carro, mas eu vou dizer o que faz o consumidor optar por outros carros médios:
1. O acabamento interno, pelas fotos, dá a impressão de improvisado. Olhem o painel e percebam o tamanho dos vãos existentes entre as peças. Dá quase pra enfiar um dedo dentro! Poderiam ter economisado nos cromados e ter dado um acabamento mais sutil. Do jeito que está parece penteadeira de biscate.
2. Ainda no quesito acabamento: perceberam que o carpete do Bravo é igual ao carpete do Stilo que é igual ao carpete do Punto que é igual ao carpete do Palio que é igual ao carpete do Novo Uno… Enfim, quem sobe de categoria não quer andar num carro e lembrar do outro de categoria inferior que deixou. Ainda no quesito acabamento, o Golf (que é um projeto dos anos 90) tem os trilhos dos bancos dianteiros recobertos por um acabamento plástico.
3. Poderiam ter colocado ABS como item de série em TODOS os modelos. Ainda mais com esse preço inicial de cinquenta e lá vai pedrada mil. Por esse preço, no mínimo, deveria ter airbag duplo, ar digital (emprestado do Stilo) e ABS de série em todas as versões.
Enfim, este é o motivo pelo qual acho que o Bravo vai ser que nem o Stilo foi em 2002: um sucesso logo nos primeiros anos, depois cai no esquecimento.
Five-tech com câmbio automático nele!
Não tive toda esta boa impressão ao ver e entrar num no salão de SP.
Pareceu-me pequeno por dentro, algo mais sensível por causa da grande inclinação do para brisas e teto baixo.
Nada excepicional, não causa a boa impressão que tive, por exemplo num c4 hatch e/ou num Focus.
Colegas, acho o Vetra GT mais carro em design, mas pode ser que perca em motorização, mas a tradição da GM em produzir bons carros médios faz com que a Fiat fique sempre em segundo plano nesse segmento.
Quando visitei o Salão do Automóvel de 2008 e vi esse mesmo Bravo, já tive a impressão de design "batido".
Parece uma imagem cansada de um carro que veio fazer barulho para tentar conseguir um lugar ao Sol.
A grande realidade é que o Bravo não oferece nada de extraordinário e sua relação custo benefício não satisfaz.
É o que o Rodrigo falou, vai fazer sucesso no começo. Mas não vai muito longe.
A Fiat, assim como Renault, Peugeot, etc, precisam aprender a trabalhar uma imagem e um nome de um determinado modelo.
Não adianta apostar num nome, num modelo, e tirá-lo de linha daqui a 2 ou 3 anos.
O grande receio é que se o Tipo, Brava e Stilo já foram "mortos" pela Fiat, por que com o Bravo seria diferente?
Não dá pra sentir firmeza.
Foi dito: "o Stilo deveu…um modelo que queria brigar com ícones como Golf e Focus na época" isto sem falar do Astra que, na época era o campeao em vendas…
Tomara que a Fiat consiga enfim, encaixar um carro de boas vendas… neste segmento onde de fato ainda não conseguiu..
O carro parece ser bom para um Fiat, mas ainda não ta no nivel dos concorrentes, faltou a suspensão traseira independente (assim como no Focus), os air-bags laterais, de cortina e joelhos são opcionaios (devriam ser de série assim como o ABS), portanto o povão vai preferir pagar a mais pelo cambio trancologic e bancos de couro do que pela segurança
Achei o Bravo interessante, até mesmo quando o vi pessoalmente no salão deste ano e entrei, tive uma boa impressão. Não acho que seja um Top do seguimento, mas deve vender um pouco e trazer a Fiat novamente para a batalha dos hatch medios. Agora, discordo totalmente que ele bate facil o C4, internamente o C4 é muito mais carro, se aproximando bem do Focus que para mim é o Top one desse seguimento. O I30 viria depois do ford e do citroen e o Bravo brigaria com ele por esse terceiro posto. Claro, tudo isso em qualidade e custo beneficio, porque em vendas a história é outra.
Ainda prefiro o golf caduco. Confiável, não desvaloriza tanto, econômico, estabilidade perfeita e ainda acelera bem, se comparado com os motores moderninhos e com maior potência que estão surgindo e que só tem nome e fama.
Depois de um tempra e um stilo, que vendi por uma merreca, não quero nem saber se é melhor ou pior do que os concorrentes. Tô fora. A Fiat precisa aprender a ouvir e respeitar seus clientes. Vejam o exemplo do Gol, 4 modelos, sendo 2 com carros completamente diferentes. Parece bobagem, mas, faz muita diferença no bolso.
@Márcio
Sinceramente eu acho o Vectra GT um péssimo carro.
Nunca que compraria um carro nesse preço com tanto plástico de qualidade mediana no painel. Neste ponto, o Vectra GT toma pau de todos os concorrentes e até de carros de "classe inferior".
Bravo e um desastre da Fiat, ele nao teve sucesso na Europa tera no Brasil ?, tanto que ele ta saindo de linha ja, a Propia Fiat em nota OFICIAL…fala, pretende reestilizar o Bravo Pois nao teve o impacto esperado no Mercado..Reestilizarrrrr Fazer outro ……. Bravo foi o desaste de todos os tempos da Fiat…o pior e para o cosumidor comprar um Bravo apartir de 55 mil sabendo que ele ja ta saindo de linha …
Gostaria de colocar em foco o atendimento da Fiat na BAHIA(Ipiaú), de péssima qualidade com os clientes, é capaz de vc chegar na concessionária levar o carro e ninguem lhe ver e ninguem lhe atende.Por varias vezes já fui em uma concessionaria da Fiat da minha cidade e so foi tristeza, até que gostei muito do fiat bravo mas dessa forma não sei como a fiat e lider de venda no Brasil.Acho que eles estão acostumado a ganhar e esquece que os coreanos estão com os carros bons e um ótimo atendimento pos-vendas.
Vi um bravo ao lado de um i30 preto.
O i30 chama muito mais atenção e tem o desing muito mais moderno.
EU ACHEI O BRAVO ESQUISITO ENTRE O PNEU E O PARA-LAMA, QUE DA PRA ENFIAR UMA CABEÇA INTEIRA.
O BRAVO NACIONAL É UM OFFROAD?
@henrique
e isso ai, bravo nacional e um lixo, tudo que vem para o brasil vem uma porcaria, quando vem com luxo tem o valor la em cima
Fiz teste-drive nos concorrentes e não tive duvida em comprar um fiat Bravo, o preço que não é pra qualquer um, quem tem compra, caso contrario va comprar um Celta.
PESSOAL….TEM MUITA GENTE FALANDO MAL DO BRAVO,MAS CAEM NA REAL, NO MÍNIMO, NÃO CONHECEM O CARRO AO VIVO, OU NUNCA ANDARAM NO CARRO..DIZER QUE A FIAT TEVE PROBLEMAS, QUE O STILO NÃO EMPLACOU E UM TEMPRA É RUIM, QUAL DAS OUTRAS MARCAS NÃO TEVE SEUS PEPINOS DE VENDAS TAMBÉM…..PRA FALAR A VERDADE,O STILO QUANDO FOI LANÇADO, É O MELHOR HATCH QUE TINHA NO MERCADO EM QUESTÃO DE CONFORTO E TECNLOGIA..AGORA, DEPOIS DE 9 ANOS,FOI, ACABOU!!!O MERCADO ESTA AÍ,CADA VEZ MAIS BUSCANDO MELHORAR SEU CARROS…E QUEM DEVERÍA AGRADECER ESSA CONCORRÊNCIA, É O CONSUMIDOR, EM VEZ DE FICAR FALANDO BESTEIRA…O BRAVO É UM BAITA CARRO, ANDA SUPER BEM E É ECONÔMICO, …O CARA QUE RECLAMA DO PREÇO, TENS QUE COMPRAR UM CARRO 1.0….POIS TODOS ESTÃO NESTA FAIXA DE PREÇO DE 54 A 65 MIL…ENTÃO ANTES DE FAZER ALGUM COMENTÁRIO SOBRE QUALQUER CARRO,SE INFORMEN, CONHEÇAM O CARRO, VÃO FAZER UM TESTE-DRIVE, AÍ SIM, TIREM SUAS CONCLUSÕES…..
Tenho um Bravo, carro respestável. Sempre sonhei com um Focus. Meu namoro de garoto, vontade advinda do Escort e por sucessão o Focus, sempre opção em todos os jogos de rallye. Mas não teve jeito, saí do Pálio, para o Punto e o Bravo. Acabemento melhor do que uma Mercedes classe B. Enquanto perdurar a geração setentista, oitentista adepta do Gol GTS, a Fiat não terá respeito na imprensa, a qual não divulga a verdade sobre a razão da Fiat ser a única em Minas e as tentativas de boicote ao 147.
O pessoal não sabe avaliar um veículo. Provavelmente a maioria que critica o modelo da Fiat, o Bravo, critica outros carros indo no embalo de outros usuários. Uma coisa é você falar os pros e contras comparando sempre com outros modelos da mesma faixa de categoria e preço, outra é meter o pau no carro sem base alguma para tal.
Outra coisa, cada um tem um gosto diferente para veículos, o que agrada um pode não agradar outro e precisamos entender e respeitar isso, afinal todos os modelos não agradam 100% seus compradores e seus donos.