E o que parecia impossível há um ano aconteceu: a General Motors voltou a ter ações negociadas na bolsa de valores de Nova York esta semana. Depois de quase falir e ser socorrida pelo governo americano, a montadora encolheu, refez estratégias, aproveitou um momento de fraqueza da maior concorrente (a Toyota) e voltou a lucrar.
E muito. Quando esteve a beira do colapso, suas ações chegaram a valer US$ 1 apenas – ontem fecharam acima de US$ 34, ou mais de 30 vezes o que a empresa valia há 18 meses. Dá para comemorar? Ainda não. Primeiro porque a empresa tem um longo caminho até renovar sua linha, segundo porque a concorrência coreana e em breve chinesa está vindo com tudo e terceiro porque a Toyota, a Ford e a Volkswagen (para citar as mais fortes) também estão crescendo.
“No Brasil nada muda”, disse Jaime Ardila, o presidente da marca na região, à Folha de São Paulo, mas achamos o contrário. Nas épocas magras, a filial brasileira teve que mandar dinheiro para a matriz para ajudá-la a não quebrar antes. Hoje, a GM brasileira vive uma fase mais independente embora ainda contribua com o caixa da sede americana. Com a GM dos Estados Unidos com dinheiro em caixa após a volta à bolsa, a tendência é que a GM brasileira fique mais solta para concorrer aqui e assim acelerar projetos para finalmente modernizar sua idosa de linha de produtos. É o que a lógica prega, mas nem sempre ela é seguida em se tratando de GM.
“No Brasil nada muda”
O que o Ardila quis dizer é que para uma filial que ainda vive nos anos 80 num mercado de mentalidade dos anos 30, essa história de crise está muito longe e demorará uns 20 anos para chegar aqui, junto com algum modelo verdadeiramente novo. Afinal, em termos de modelos, plataformas e motorores GM, “No Brasil nada muda”.
Pois é, "No Brasil nada muda", ou seja, os modelos da GM vão continuar jurássicos, pois ao invés de investirmos em produtos modernos, seguindo a linha da Opel alemã, vamos continuar fazendo gambiarras (Agile, Montana) e maquiagens (Classic, Celta), para manter nossas margens altas e continuar mandando dinheiro para salvar a matriz.
Aliás, porque o BNDES emprestou dinheiro para uma empresa multinacional enviar dividendos para a Matriz? deveria ter uma cláusula proibindo isso até pagarem o empréstimo. O BNDES, ou seja, nosso dinheiro, é que está ajudando a salvar a GM americana. Ou alguém acha que o dinheiro tem carimbo para onde vai?
Até agora a GM Brasil fez muita onda anunciando esses 5 bilhões de investimento, mas ainda não lançou nenhum produto fabricado no Brasil que não fosse gambiarra ou maquiagem. Esse 5 bilhões estão claramente superestimados pelo que estão fazendo aqui.
Já tive muitos carros da GM no passado, quando estavam em sintonia com a Opel. De algum tempo para cá viraram Chevy Ling, pau a pau com os chineses.
Maravilha, eim? O fato aqui é que não vale nada, mesmo dando tanto lucro… Quero ver o prejuízo que esse pessoal vai ter com a invasão chinesa – outra crise?
GMB já morreu faz tempo, só não viu quem não quer… Celta, Classic, Prisma, Montana, Agile, Zafira, Meriva…. nossa só tem velharia, sabe que acho que se voltarem com o Opala, vai vender… kkk
Já que partir de 2014 o air-bag e o ABS serão obrigatórios, a Chvrolet vai substituir a transmissão automática Aisin de 4 marchas do Vectra, Astra e Zafira pela Powerglide de 2 marchas, usada por ela na decada de 40 e 50 e a manual de toda a linha vai ser a caixa de 3 marchas do BelAir 57, para reduzir custos e manter os seus carros competitivos no mercado