Depois da correria dos dias de imprensa e da cobertura pelo iG, vou postar o que vi de mais interessante no Salão do Automóvel esta semana. Uma das coisas que chamaram a atenção foi a confirmação da Suzuki de que a fábrica que será erguida no Brasil fará o jipinho Jimny.
A previsão é que a unidade comece a produzir o modelo em 2012 e a meta é vender 3.000 unidades por ano. Talvez esteja aí o grande obstáculo para que o empresário Eduardo Souza Ramos um dia se torne o criador de uma marca genuinamente nacional. Ele insiste no segmento off-road. Tudo bem, a Mitsubishi fará o Lancer e o ASX em Catalão e ambos são urbanos, mas a Suzuki poderia ter outro modelo mais popular feito no país. O Swift, por exemplo, é um compacto justo, de design arrojado e comportamento esportivo. Muito melhor que o sonso Nissan March. Até mesmo o SX4, que possui versão sedã além do crossover parece uma escolha mais sensata. Quem sabe, até lá o Jimny ganha nova geração ou, então, seja apenas um anúncio para driblar a concorrência.
Para tentar chegar próximo dessa meta, só se fosse adotada uma política muito agressiva de preços, com o Jimny abaixo de 40K. Como isso não vai ocorrer, não passe de um devaneio.
Ricardo,
Os jornais estão dizendo que a meta é 3 mil unidades ANUAIS. Aí sim parece realista.
Será que vai ser essa geração defasada ou uma nova?
Oi, Leandro, você tem razão. Como não cobri essa coletiva, segui o que meu colega do iG publicou. Corrigi a informação no blog e também no iG.
Valeu,
Ricardo Meier
Leandro Pi,
Vou além, será que entre essas unidades serão computadas para exportação?
O público desse carro não é aquele que o tem como único carro da familia pra viajar com a sogra ou ir à feira!
Acho 3000 unidades por ano uma meta otimista demais, a não ser que estejam pensando em exportação também. Segundo a Fenabrave, do começo de 2010 até o presente momento foram vendidas 404 unidades do Jimny no país. No mesmo período, o Grand Vitara vendeu 2089 unidades. O Jimny é um jipe autêntico, portanto um carro de nicho pra um público bem específico.
E não é questão de ser defasado, ele está bem adaptado ao objetivo a que se destina. Teve inclusive várias atualizações nos últimos tempos, como motor com comando de válvulas variável e caixa de transferência eletromecânica. Vejo muitas críticas equivocadas feitas a esse veículo, inclusive a respeito do visual supostamente ultrapassado dele. Mas desenho não é importante pra carros dessa categoria. Carrocerias com estilos arrojados e modernos que mudam de tempos em tempos ou muitas parafernálias eletrônicas não cabem aqui, tudo isso mais atrapalha do que ajuda.
São carros pra serviço pesado, que vão pra trilhas no meio do mato e são danificados com frequência. Pra esse tipo de uso severo, a simplicidade é fundamental, tanto nas partes mecânicas como nas de acabamento e estrutura. Uma carroceria com desenho mais simples e que pouco muda ao longo do tempo é muito melhor, tanto pela facilidade de reparo como pela maior oferta de peças. Por exemplo, se alguém danificar um farol, painel ou porta de um Jimny 2010, pode tranquilamente substituir essas partes pelas equivalentes de um modelo 1998, pois são exatamente iguais. A parte mecânica recebeu mais atualizações nos últimos tempos, mas também segue esse mesmo princípio de simplicidade, manutenção fácil e disponibilidade de peças.
É a mesma receita de outros carros dessa categoria, como Defender, Wrangler e Troller, por exemplo. Um dono de Defender não se preocupa em saber que seu veículo tem a mesma aparência há décadas ou que não vem com a última palavra em equipamentos eletrônicos. Pra ele o que importa é a praticidade, robustez e capacidade de superar obstáculos nas trilhas.
O Jimny talvez seja o jipe com visual mais moderno e urbano que existe, o que frequentemente o leva a ser avaliado como um carro comum, coisa que ele não é. Como eu disse antes, é um carro de nicho, feito pra um público específico. Acho equivocada a decisão de produzir o Jimny por aqui, ainda mais com uma meta de 3000 unidades por ano. Na minha opinião, seria muito mais sensato fabricar o Swift, o Alto ou o Grand Vitara, por exemplo.
Esta versão do Salão do Automóvel ficou interessante:
http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2010/10/26/s…
Lift, pneus maiores, snorkel, novos ganchos de reboque com manilhas, parachoques e paralamas reduzidos… possivelmente uma proteção de caixa de transferência também. Eu ainda acrescentaria um guincho, um compressor de ar para os pneus no compartimento do motor e rodas mais côncavas, mas já ficou bem legal desse jeito.
Será que não tinha um carro mais feio pra Suzuki fabricar aqui? Tinha outras opções muito mais interessantes como o SX4.
O Sx4 seria muito mais acertado trazer, deve haver algum impedimento por parte da parceria com a Fiat. Assim, como o Swift, outro modelo que poderia mexer com o mercado. O Jimny é tiro n'água.
Esse é o problema, a maioria certamente vai achar o Jimny feio, pequeno demais, de linhas antiquadas etc. Não é uma categoria de carro muito popular, já li comentários similares em outros blogs até mesmo sobre o Defender, o Wrangler e o Troller. Montar uma fábrica de Jimny aqui com meta de 3000 unidades por ano só faria sentido caso pretendessem exportar. Mas se estão contando apenas com o mercado interno… sinto muito, mas vai sobrar Jimny no pátio dessa tal fábrica. Teriam muito mais sucesso produzindo o SX4, o Swift, o Alto, o Grand Vitara e até mesmo o Carry:
http://www.suzuki.co.jp/car/carry/
Eis aí um excelente kei truck, nunca vi mais resistente que ele, aguenta um nível surreal de abuso. Se fabricado por aqui e vendido por um preço justo, faria muito sucesso, bem mais do que os equivalentes chineses e coreanos que estão tomando conta do mercado.
Esse Jimny pode parecer pequeno, fraco e feio para alguns, mas ele na lama é o bicho, melhor que o Palio Adventure Locker que só se deu bem na pista de teste que a Fiat armou no seu lançamento
@Leandro Pi
Lógico que vão fabricar aqui a versão defasada. Alguma dúvida?
@Eduardo Alvim
É o JB43, basicamente o mesmo modelo que a Suzuki vende no mundo todo (188 países). No Japão, além dele, vendem também o JB23 que é a versão kei do JB43, com eixos mais estreitos, paralamas menores e motor 660 cm³ turbo (essas mudanças são pra ele se encaixar na categoria kei). Não há nova geração do Jimny sendo vendida no resto do mundo.
Pessoal – tenho um e o bichim é valente pacas, além de economico. Quem quiser conforto e badulaques compra um 4×4 de mentirinha. Temos varios no mercado: Ecosporte, Fox ou Palio Adventure Locker (e pega uma lama com eles pra ver só o que é bom pra tosse). É tudo carro de 'mauricinho' e 'madame' (que não tem grana pra comprar os 'acima de 100 mil pratas).
Coloca ABS e Air Bag que compro um, sem pestanejar. O jipinho (merece a designação de jipe, sem dúvida) é ótimo.
O jimny é bonito e adequado acho ótimo o lançamento de um 4×4 em um País que quase não tem opções nesta categoria. Pena que utilizem um motor com tão pouco torque e pior numa rotação tão alta.
Renato, o motor é pequeno, mas o carro também é muito leve.
Espero que o jimny fabricado tenha uma versão mais moderna: abs, air bag, som moderno, banco de couro, ar digital, guincho, pneus mais altos…rsrsrs
Tô esperando ansiosa pra ver o jimny brasileiro!!!
Vou comprar o jimny nacional!!!