TAC: é pagar ou pagar

Tudo bem, o tema não é dos mais novos, é verdade, mas continua como um dos absurdos do nosso país. Estamos preparando uma matéria para o iG Carros e precisamos cotar alguns financiamentos. E é incrível como a tal da TAC, a Taxa de Aprovação de Crédito, está cada vez mais alta.

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Há alguns anos, o valor girava em torno de R$ 500 e agora beira R$ 1.000. Ou seja, 4,5% do valor de um Mille apenas para que o banco confira alguns dados em minutos. Claro, a TAC não é apenas isso, certamente deve esconder margens para financeiras e concessionárias, mas o pior é que é mais uma imposição que os consumidores aceitam.

Pergunte se existe opção mais barata. Sim, em financeiras menores, mas isso dá trabalho. Hoje falamos com concessionárias da Fiat, GM e Renault e o valor “variou” de R$ 890 a R$ 990. Será um isso um cartel? Parece.

O mais revoltante em tudo isso é que não adianta você pagar em dia um financiamento. No dia seguinte, se decidir comprar outro carro financiado na mesma marca e com o mesmo banco, pagará novamente a TAC. Enquanto isso, o projeto de lei que prevê a adoção do cadastro positivo continua rodando no Congresso sem previsão de virar realidade.

Se isso um dia acontecer, os bons pagadores deixarão de serem cobrados em seus empréstimos e financiamentos pelo histórico dos maus pagadores, que hoje servem de pretexto para juros altos e para assaltos à mão armada como a TAC.